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Copa do Mundo Qatar 2022: polêmicas e infraestrutura inédita

Em meio às polêmicas sobre direitos humanos no Qatar, o país prepara infraestrutura inédita para a primeira Copa do Mundo no Oriente Médio

A Copa do Mundo é o maior evento esportivo do mundo, ou, pelo menos, o que gera mais engajamento na população mundial. Na edição de 2022, a copa será sediada no Qatar e terá início no mês de dezembro devido às altas temperaturas locais. O Qatar se tornará o menor país que já sediou o torneio, com uma população de cerca de 2,8 milhões de pessoas, e o primeiro do Oriente Médio a sediar uma Copa do Mundo.

Localizado no sudoeste asiático, o Qatar possui uma pequena população e uma área modesta, mas tem se industrializado de forma expressiva recentemente e está investindo em sediar grande eventos para promover o país, que tem um dos maiores PIB per capita do mundo.

Uma das maiores atrações da Copa do Mundo é o mascote, que, nessa edição, será o La’eeb. De acordo a FIFA, o nome escolhido significa “jogador habilidoso” em árabe e o formato do mascote é inspirado na “ghutrah”, lenço de cabeça característico da cultura árabe. Ainda segundo a FIFA, o propósito do La’eeb é inspirar todos a acreditarem em si mesmos​.

Divulgação / FIFA

Polêmicas envolvendo a Copa do Mundo Qatar 2022

Os países do oriente médio têm uma cultura completamente diferente dos outros países. Algumas atitudes e falas geraram diversas polêmicas e fizeram com que parte da população condenasse a escolha da FIFA de sediar a Copa do Mundo em um país com um pensamento predominantemente “retrógrado”. Assuntos como a recusa de hotéis do Qatar se recusarem em receber homossexuais, o veto a bandeiras LGBTQIA+ na Copa do Mundo do Qatar para “proteger torcedores” e os erros admitidos pelas autoridades locais relacionados à utilização de trabalho escravo geraram uma grande discussão no mundo sobre a realização do torneio no país.

Fã invande jogo da Eurocopa em junho de 2021. (Foto: Pool via Reuters / Matthias Hangst)

Boa parte da população mundial e até jogadores de futebol importantes como o alemão Toni Kroos tentaram um boicote ao evento, mas sem efeito, já que, segundo a FIFA, já foram feitos mais de 23 milhões de pedidos de ingressos. Apesar de todas as polêmicas, os líderes do país mantêm o seu pensamento e afirmam que as pessoas sabem as regras locais e, caso não concordem, não precisam estar presentes na Copa do Mundo.

Investimento em infraestrutura e tecnologia

Apesar das polêmicas, uma coisa é incontestável sobre a Copa do Qatar: a agilidade e o planejamento do evento é de um nível nunca antes visto. Em fevereiro de 2021, 90% da estrutura já havia sido construída, e cinco dos oito estádios já haviam sido inaugurados. Em comparação com a Copa de 2014 no Brasil, estádios como a Arena Corinthians ficaram prontos somente 1 mês antes do início do torneio. Para evitar o “abandono” de estádios depois da Copa, como ocorrido com a Arena das Dunas, em Natal, e a Arena Amazônia, em Manaus, o Qatar decidiu diminuir a quantidade de estádios em 25% comparado aos últimos dois mundiais.

O planejamento de transporte também é de se invejar. A rede de transporte está finalizada com a conclusão de todas as rotas do metrô construído para a Copa do Mundo. As linhas amarela, verde e vermelha, que conectam os passageiros a seis estádios do Mundial, foram entregues em setembro de 2020. Para as outras duas arenas mais afastadas, o governo disponibiliza trens para fazer a baldeação. Além do metrô, há opções como táxis do governo, Uber e ônibus. Para os torcedores com ingressos para as partidas, o metrô e outros transportes públicos serão de graça no dia da partida.

Portanto, a Copa do Mundo Qatar 2022 deve ser uma das melhores da história em questão de organização e planejamento. Apesar das polêmicas locais envolvendo direitos humanos e dos altos preços, a Copa de 2022 também deve ter um recorde de turistas, muito pelo fato de ser a primeira edição após a pandemia de Covid-19.

Por Rafael Caldas

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