Nesta edição do Sport Insider Review, discutimos a “bolha financeira do futebol brasileiro”: estamos diante de um momento de excepcional inflação na modalidade? O que isso pode significar no curto e longo prazo? Essas e outras questões tentaremos responder ao longo dessa edição
Créditos: Nathalia Teixeira
No dia 31 de janeiro, o Santos anunciou a volta de Neymar, após 12 anos de carreira jogados além-mar. Foi a cereja do bolo de uma das mais movimentadas janelas de transferências do futebol brasileiro, que contou com o retorno de grandes nomes do esporte, como Oscar (São Paulo) e Danilo (Flamengo), além de movimentações milionárias envolvendo os clubes brasileiro (Paulinho indo para o Palmeiras, por exemplo).
Tão impressionante quanto os nomes, são os valores envolvidos e a quantidade de atletas: de acordo com o relatório de transferência Global FIFA, o Brasil recebeu mais de mil atletas novos em 2024, recorde global, como mostra comparativo abaixo:
O levantamento se torna mais impressionante se considerarmos a quantia gasta para a atração de tantos jogadores: os USD 353 milhões estão atrás apenas do top-5 ligas europeias (Inglaterra, França, Espanha, Alemanha e Itália) e da Arábia Saudita, um dos principais destinos do futebol global nos últimos anos.
Para dar uma ideia melhor de contexto, vale comparar os investimentos do Brasil frente à Portugal e EUA, mercados que tradicionalmente investem menos que as maiores ligas europeias e que servem muitas vezes como pontes para esses jogadores conseguirem novas transferências futuras:
Nos últimos anos, o futebol brasileiro investiu mais que os EUA apenas em 2020. Essa realidade mudou: os investimentos subiram 36% de 2022 para 2023, e 141% de 2023 para o ano passado. E pela primeira vez, superou os níveis de investimentos de Portugal e EUA, por uma boa margem.
No recorte de valor médio por transferência, o Brasil-2024 também salta aos olhos: disparado o maior valor registrado pelo país nesses 5 anos de análise e também muito acima dos valores médios registrados em Portugal e EUA. Tudo isso em um mundo onde dólar e euro valem 5, 6 vezes mais que o real.
Entre os maiores importadores, do futebol nacional, estão:
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