Joia do tênis brasileiro experimentou diversas modalidades esportivas quando pequeno, incluindo o futebol, no qual praticou até os 11 anos
Créditos: Nathalia Teixeira
Em jogo tenso, de quase 4 horas de duração, João Fonseca perdeu para o italiano Lorenzo Sonego por 3 sets a 2, parciais 6/7 (6), 6/3, 6/1, 3/6 e 6/3, na última quinta-feira (16) e foi eliminado do Australian Open, primeiro grand slam de tênis no ano. Apesar da derrota, a sensação brasileira de 18 anos deixa Melbourne com a cabeça erguida.
Antes de enfrentar Sonego, João Fonseca conquistou os títulos do Next Gen ATP Finals e do Challenger de Camberra, e ostentava uma invencibilidade de 14 partidas. Além disso, ele venceu Andrey Rublev, número nove do mundo, na estreia do Australian Open. Resultados impressionantes que chamaram atenção dos especialistas e de astros do circuito mundial de tênis.
Em entrevista para o jornal Estadão, João Fonseca revelou que a prática esportiva é obrigatória em sua família. Enquanto a mãe, Roberta Fonseca, foi jogadora profissional de vôlei, o pai gosta de ciclismo e kitesurf, além de surfar nas horas vagas. Por isso, João experimentou diversas modalidades na infância, inclusive o futebol, no qual jogou até os 11 anos.
“Minha família é muito esportista. Cresci fazendo todos os esportes possíveis. Até os 11 anos, eu era mais da escolinha de futebol do que do tênis. Até que um dia tive uma lesão mais dura, um tombo muito feio no futsal. Botei na minha cabeça que era um esporte muito perigoso, de muito impacto. E fui focando no tênis. Me apaixonei pelo esporte”, afirmou João Fonseca.
Conhecido como Crico, Christiano Fonseca Filho é pai do João e fundador da Investidor Profissional, hoje conhecida como IP Capital Partners. Junto de seu sócio Roberto Vinhaes, ele fundou a empresa com apenas 24 anos em 1988, uma época em que a figura do gestor independente ainda não era reconhecida no mercado. Inicialmente, eles atuavam como consultoria e gerenciavam carteiras para clientes. Mas cinco anos depois, lançaram o primeiro fundo, o IP Participações, focado em ações de empresas brasileiras e estrangeiras.
De acordo com o InfoMoney, a IP Participações acumulou retorno de 24.254% desde o início do Plano Real até dezembro de 2024. No mesmo período, o Ibovespa subiu 3.220% e o CDI acumulou rentabilidade de 8.525%. Ou seja, R$ 100 mil investidos no fundo em julho de 1994 se transformaram em mais de R$ 24 milhões, por exemplo. Atualmente, a IP administra R$ 2,5 bilhões em recursos dos clientes, além de tocar outros três fundos em conjunto com a IP Participações.
Com a empresa indo de vento em popa, Crico quis investir também na carreira de seu filho no tênis. Hoje, João conta com três profissionais que o seguem em todos os torneios do calendário: o técnico Guilherme Teixeira, o fisioterapeuta Egídio Magalhães e o preparador físico Emmanuel Jimenez. Além da remuneração mensal, a família Fonseca arca com passagens aéreas, diárias de hotel, alimentação e transporte local dos membros de sua equipe.
“O Guilherme é quase um pai pra mim. Tive a sorte de conhecê-lo quando eu tinha 12 anos e treinava no Country Club (de Ipanema, no Rio de Janeiro). Converso com ele sobre qualquer coisa, só tenho a agradecer por tê-lo na minha vida. Essa relação entre técnico e jogador é muito importante para os dois, não só para o atleta”, revelou Fonseca.
Em seu primeiro torneio no ano, João Fonseca venceu cinco oponentes para conquistar o título em Camberra e, de quebra, faturar 28,4 mil dólares (R$ 172 mil). No final de dezembro, a joia levou pra casa 526 mil dólares (R$ 3,2 milhões) ao ser campeão do Next Gen Finals. Contando as quatro vitórias na Austrália – três no torneio qualificatório e uma na chave principal – o brasileiro ganhou mais 207,6 milhões de dólares (R$ 669 milhões), totalizando 762 mil dólares (R$ 4 milhões) em premiações.
Vale destacar que João Fonseca também é patrocinado pela ON, empresa de artigos esportivos que tem Roger Federer como um dos sócios. A marca suíça foi fundada em 2010 e apoia somente três tenistas. Além do brasileiro, os outros são a polonesa Iga Swiatek, ex-número 1 do mundo, e o americano Ben Shelton, maior aposta do tênis americano dos últimos anos.
“É uma exclusividade imensa. Eu tinha outras propostas, mas botei na minha cabeça que escolheria essa pela exclusividade e por ser uma marca nova”, concluiu Fonseca, que segue os passos do pai em apostar no que ainda é desconhecido.
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